A primeira bienal internacional de graffiti e art acontece de 03 de Setembro a 03 de Outubro de 2010 no museu brasileiro da escultura (MUBE).
O grafismo é uma das mais antigas manifestações gráficas do homem, valorizado como arte. Na década de 60, com caráter político, foi ressuscitada pelos hippies, que com eles popularizaram slogans como "paz e amor", "faça amor não faça a guerra". Na década de 70, a arte - música, teatros, espetáculos cênicos, dança - deixou os espaços fechados e chegou às ruas das cidades.
O graffitismo e a pichação "invadiram" as grandes cidades intervindo nos espaços urbanos de forma inédita.
Existem diferenças entre esses dois tipo de intervenção urbana.
O graffitismo surgiu a partir de grupos ligados a arte: poetas, estudantes de arquitetura e de desenhos, dos quais a repressão dos anos 70 tirou o canal de expressão.
A simples pichação, por sua vez, é um processo anárquico de criação, onde é mais importante transgredir, do que manifestar um processo criador. As pichações produzem poluição visual nas cidade e tem , na maior parte das vezes, como alvo museus,igrejas,viadutos e qualquer outro tipo de estabelecimento público e estabelecimentos privados.
No documentário " Tinta fresca" de Paula Alzugaray e Ricardo van Steen fica evidente que a personagem "toni olo" movida por futuras pretensões políticas coloca seu nome em evidência por meio das pichações. A personagem interfere no meio urbano em prol de um desejo próprio, ou seja, ela não abraça uma causa- como aconteceu na década de 70 com os hippies e na década de 60 com os arquitetos e poetas.
No mesmo ducumentário o artista plástico, Arthur Bairro, quando perguntado se pintava paredes responde: - Sim , eu pinto paredes, mais nunca "pintei" nas paredes de um banheiro público. A fala do artista plástico o caracteriza como um provedor de arte urbana, em que o processo criativo não modifica no ambiente de forma negativa; opostamente a personagem toni olo que com seu rabisco agride a cidade, atrapalha o bem feito.
Obras
graffitifineart.blogspot.com
1 comentários:
Nossa Pri, muito bacana seu texto.
Uma vez, conversando com um amigo meu, ele disse que a pichação [tanto a anárquica quanto poeta] são a forma mais sincera de expressão do espaço da cidade.
Ele me disse que, por a cidade nos consumir tanto, a pichação é uma forma de consumir a cidade "a nossa maneira", com um ar de rebeldia deslavada.
Enfim... muito bom!
Bjosss!!
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